Faça sua parte na transformação que espera.

Turista em João Pessoa-PB, fazendo sua parte, já que os garis não recolhem todo o lixo que rastelam.
Garis da Barra de Cunhaú-RN, um exemplo de profissionalismo.

Ontem vi este turista catando lixo da praia do Bessa I, 
aqui em João Pessoa. Ele faz a diferença. Cata todas as 
manhãs o lixo na praia. 
Ele caminha uns 4 Km, do hotel onde hospedado até o Iate,
local onde tomo meu banho. Conversei com ele. 
Ele me disse que sempre sai do hotel com 4 sacos 
plásticos, dois pra ida, e dois pra vinda. E que os
enche por inteiro, depois os deposita em lixeiras na rua. 

Perguntei se ele não achava que isso não teria fim. 
Ou seja, de que adiantaria aquelas pequenas sacolas 
de lixo?

Ele, serenamente, disse-me que faz sua parte para 
melhorar o planeta. Fiquei envergonhado com meu
questionamento. Ele tem uma atitude digna. Diferente 
da dos garis de praia que hoje testemunhei, aqui de 
frente ao bar do Golfinho na praia do Bessa, perto 
do Iate de João Pessoa-PB.
O que vi me deixou revoltado. 
Um dos garis ia à frente, rastelando o lixo com
um rastelo. Fazia pequenos montinhos. Os demais
iam atrás, catando os montes e colocando-os em sacos.
Era um grupo de 5 garis. Até aqui tudo bem. 
Atitude bacana da prefeitura. 
Porém, vi que havia o mal da humanidade:
esperteza e falta de caráter se fazia tambpem presente.
É que ao encherem uns 5 sacos, simplesmente deram
no pé. À minha volta ficaram vários montinhos
de lixo. Os vi subirem em direção ao caminhão, 
na rua lateral ao Golfinho Bar, e não acreditei que 
não voltariam. 
E não voltaram mesmoi para recolher os montinhos. 
Isto é, voltaram, mas caminharam bem por cima 
da praia, fingindo que terminaram o trabalho. 
O que ia à frente, encontrou-se com eles mais adiante, 
e foram embora, deixando uns 30 montinhos de lixo, 
pelo menos. 
Montinhos que serão tragados pelo mar e que meu
amigo-cidadão-turista os recolherá amanhã, ao serem
devolvidos pelas ondas às areias brancas.
Uma vergonha. 
Fiquei indignado, mas não tive coragem de chamá-los à responsabilidade. 
Faltou-me o que sobra neste senhor, atitude.
Sempre será ela quem fará a diferença,
entre agir e o não agir, 
o ser e o não ser.

Decidi denuciá-los.
Hoje vou enviar pra prefeitura este relato. 

Este trabalhio pode ser feito de forma diferente.
Vi outros garis de praia em Barra de Cunhaú-RN 
(foto acima) fazendo um trabalho magnífico, 
com gosto e prazer. Eles compreenderam a importância
do que faziam. Fui também conversar com eles. 
Falaram-me que a ação deles foi uma promessa da 
prefeita de lá, e eles estavam desempregados. 
E que trabalhavam com gosto. Passei quatro dias 
por lá, em todos vi aquelas equipes trabalhando. 
Exemplo para as prefeituras de lugares turísticos.  
Turistas conscientes, serviços públicos de limpeza eficazes,
e operadores turísticos e pessoal da própria cidade 
também fazendo sua parte, teremos então uma corrente do
bem, para salvar o planeta de tanto lixo.
Nosso bisnetos agradecerão.

Cavalos Alados

Ontem vivemos uma cena difernete. Um parque de diversões, instalado perto do shopinhg Manaíra, em João Pessoa, não sabia se abriria ou não, por falta de clientes. Esperamos das 17:45 às 19:00. Finalmente ele abriu. Havia juntado um punhado de uns 30 pirralhos, jovens casais de namorados e pais babões. Todos entraram no recinto como quem entra no paraíso. Luzes, brinquedos ligados, música, cheiro de pipoca, mocinha do algodão doce. E vazio, um vazio que adquiria vida ao toque de cada um de nós. Uma cena de filme. Não pude me conter e marejar os olhos, ao ver a alegria do pessoal, incluindo o meu JG. Eram coisa fantástica ter à disposição mais de 20 opções de brinquedos, incluindo uma montanha-russa, e sem filas. Pagaram vinte reais na entrada e tiveram direito a brincarem em todos os brinquedos, quantas vezes quisessem. As mães de pequerruchos podiam brincar com eles sem pagar nada...
Deveria existir uma vale-brincar para todos os brasileiros. Todos deveriam ter o direito de ao menos uma vez ao ano irem a um parquinho de diversões. Daqueles de cavalinho de carrrossel, de roda-gigante, de carrinho bate-bate.
Todos deveriam ter direito ao lazer.
Ao tempo que me alegrava com o JG embevecido, com tantas opções, entristecia-me com tantos brinquedos vazios, sem ninguém para animá-los. De que vale um brinquedo sem uma criança a tocá-lo. A criança dá vida ao brinquedo, sopra-lhe seu hálito de eros, e o anima.
Crianças dão vida ao inerte, ao sonho, à pedra dura de ser quem é.
Crianças brincam até com tampas vazias. Não precisam de sofisticação, de brinquedos caros. Só precisam de espaço para serem elas próprias e fantasiarem sua existência.

Este cavalo alado, correndo sozinho, esperava por muitos de nós.
Quanto de nós, com uma simples rodada de carrossel, daquelas que seguimos de pé ao lado dos pequenos, já se sentiria melhor naquela noite.

Rodem Cavalos de Carrossel! Mostrem-nos que a vida gira. Que tempos ruins passam. Tempos bons, idem. Que a doença passa. Que a saúde, idem. Que a tristeza passa. Que a alegria, idem.
Que a vida é breve, e que viver é terapêutico. Mesmo na dor. Para quem sofre.
Mostem-nos que a vida é uma roda-viva, como diz o poeta, mas que ao nos permitir nela rodar, não voltamos para o mesmo lugar. Só os cavalinhos de carrossel. Nós, seres eternos que somos, ao rodarmos nosso existir nos apropriamos de vivências, experiências, valores, história, amigos, que nos fortalecerão para encarar novos desafios e enfrentar outras batalhas.

Nossa roda-viva pode ir nos amadurecendo, nos tornando melhores como pessoas.
Também pode nos azedar por dentro, nos embrutecer, violentar nossa personalidade e mudar a percepção do que nos rodeia, só vendo as coisas ruins.

Nestas horas de azedume, alegrar-se com os outros pode ajudar a voltar a fluidificar o fluxo da vida em nosso ser. É só uma dica de quem já as viveu.

Por isso, brincar é bom. Brincar nos remete à criança adomercida que temos no coração e nois faz novamente acreditar.

Nem que sejam em fantasias como o pote ao final do arco-íris, ou o Cavalo de São Jorge que mora na lua.

Um jardim de fantasias, bem nutrido em nosso ser, e na justa medida da realidade, alimentará nosso cavalinho de carrosel interior. E nos habilitará a ser melhores, e bravos combatentes do bom combate que é o viver.

Cuide de seu cavalinho de carrosel interior. Alimente-o, vez por outra.
Ele é uma das melhores coisas que habita em ti, tirando o Espírito Santo.
Deixo-vos com uma canção e seiu vídeo no youtube belíssima, que fala de um carrossel a que todos, mas cedo ou mais tarde, vamos nele rodar, o do destino.


-----------------------------------
http://www.youtube.com/watch?v=lOdnFlr-BPk
-----------------------------------
Carrossel do Destino
Antonio Nóbrega

Deixo os versos que escrevi,
As cantigas que cantei,
Cinco ou seis coisas que eu sei
E um milhão que eu esqueci.
Deixo este mundo daqui,
Selva com lei de cassino;
Vou renascer num menino,
Num país além do mar...
Licença, que eu vou rodar
No carrossel do destino.

Enquanto eu puder viver
Tudo o que o coração sente,
O tempo estará presente
Passando sem resistir.
Na hora que eu for partir
Para as nuvens do divino,
Que a viola seja o sino
Tocando pra me guiar...
Licença,que eu vou rodar
No carrossel do destino.

Romances e epopéias
Me pedindo pra brotar
E eu tangendo devagar
A boiada das idéias.
Sempre em busca das colméias
Onde brota o mel mais fino,
E um só verso, pequenino,
Mas que mereça ficar...
Licença,que eu vou rodar
No carrossel do destino.

Toda forma de preconceito é insana!



Hoje no trabalho fui chamado a intervir num caso de preconceito racial, em pleno Séx. XXI.

Um colega cismou com o tom da pele do outro, com seu sotaque, com as suas feições e cabelo, e com seus traços ameríndios. Uma pena! Este colega, ao zoar por meses a fio com o outro, ainda encontrava platéia e eco em dois outros colegas que riam de suas ofensas, piadas, chistes e "brincadeiras". Por meses ele sentiu-se humilhado, chateado, mas não podia reagir, tinha medo. No limite de enlouquecer, e perder sua auto-estima totalmente, procurou ajuda. Pediu humildemente que o trocassem de setor. Não queria mal algum ao seu tirano. Mostrou uma dignidade, uma altivez, uma simplicidade de encarar os fatos, de encher os olhos.

Além de ser crime, o preconceito racial, ou de etnia, também - neste caso, configura-se assédio moral, do tipo Lateral. Toda forma de preoconceito é insana.

Revela mediocridade de quem a emite. Revela uma forma de ódio, de uma crueldade sem limites. Revela uma pequenez na alma, algo que precisa ser veementemente combatido.

Seja para quem for: índios, negros, mulheres, gays, nordestinos, judeus, etc.
Não existe raça pura. Não existe crença pura. Não existe sotaque puro. Não existe nada puro.

Puro só Deus. E, mesmo assim, mandou Jesus para os impuros.

Fiquei tão comovido com o relato que tive um pique de pressão. Relato grotesco, tosco, sem noção!

Leia mais sobre assédio moral lateral aqui:

Clique aqui - Assédio Moral Lateral

Crônicas Anteriores