Alegrai-vos com quem se alegra! (Autor Ricardo de Faria Barros)


Têm experiências bacanas que vivemos que os outros podem até ter acesso a elas, mas só saberão de fato sua importância, quando desenvolverem o olhar de compaixão e empatia.
Por exemplo, eu viajo nas viagens do Newton . Creio que ele é uma alma perfumada e generosa, em ir registrando essas experiências, como a da foto que ilustra esse texto, e compartilhando conosco.
Nunca fui em Portugal, mas já sei muito de Portugal pelos olhares do Newton e me alegro com ele.
Acolher a experiência do outro, permite-nos crescer, emocionalmente falando.
O bacana é conseguirmos acolher essa alegria deles, sem termos por ela passado ainda.
Por exemplo, quem nunca viveu situação similar, ainda assim pode se aproximar da alegria, da superação de um dia por vez, de quem tem filho hospitalizado, pelo poder da empatia e da compaixão. Por isso, essas competências da inteligência emocional são tão importantes.
E, é como que uma mágica acontecesse.
Promovida pelo encanto da admiração, e pela osmose simbólica da linguagem comunicativa, essa mágica relacional faz-nos valorizá-las a experiência do outro.
É é como se estivéssemos também as vivendo.
Até conseguimos transitar pela empatia e compaixão quando o outro passa por coisas runs, ao que chamamos de solidariedade.
Mas, precisamos desenvolver a competência da compaixão e empatia, também para as coisas boas que os outros vivem.
Até conseguimos nos irmanar, apoiar e sentir com eles, as não tão boas. Tragédias, fatalidades, desgraças, nos atraem mais facilmente do que as graças, bem-aventuranças, e conquistas dos outros.
Se a pessoa posta que bateu no carro. Aparece um monte de gente que se solidariza, que fala de situações semelhante que viveram, e coisa e tal.
Se a pessoa posta que foi promovida. Um monte de gente simplesmente dá de ombros. E num efeito perverso da inveja, ciúme, ou uma mistura disso tudo, simplesmente despreza com indiferença aquele relato.
Desqualificando-o, ou secando-o no interior do coração.
Uma pena!
Há pesquisas que mostram que um certo percentual de pessoas fica triste ao rolar as páginas do Facebook e ver pessoas divulgando seus bons momentos.
E, vamos aceitando isso com normalidade. Não sem razão o apóstolo Paulo, na sua Carta aos Romanos, diz assim:
"Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram." Cap 12, 15.
A segunda parte do versículo até conseguimos, de certa maneira, seguir.
O problema, para o qual precisamos nos reeducar, está na primeira parte do versículo.
Aprender a alegrar-se com quem se alegra! Aprender a acolher as conquistas dos outros, as celebrações, as boas experiências pelas quais passam, como se dela fizéssemos parte.
Esse é o desafio! Um desafio só vencido quando eliminamos as emoções negativas do ciúme e da inveja. Emoções que tiram-nos do foco de nosso próprio jardim, fazem-nos cobiçar exclusivamente o do outro. Até secá-lo completamente, em nossos corações. 

O que, volto a dizer, é uma pena!

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