Mãos que Semeiam!

Mãos e sementes. Assim quero permanecer na minha jornada do ser.
Mãos que mesmo calejadas, com cicatrizes, sofridas, ainda portam sementes.
Sementes de um verbo de ação chamado amar.
E amar é um tanto arriscoso. Quem ama se expõe, faz bes
teiras, emociona-se, recomeça, recomeça novamente. Perdoa, perdoa um bocado de vezes.
Quem ama sofre, ri, sente, sonha, irradia o mundo com sua luz.
Quem ama semeia, sem pensar se a terra está preparada.
Semeia por não saber fazer diferente.
Semeia até na poeira do chão caatingueiro, esperando que a chuva chegue nos dias vindouros, apostando em sinais sutis, que só ele vê. E que a natureza lhe será generosa com a chuva que irromperá no horizonte em fogo áureo.
Lançe suas sementes nesta terra cansada de tanta aridez.
Pois, é de esperança de que se constituí as sementes dos seres que amam.
Mãos calejadas, proféticas, que eternizam encontros.
Como é bom ser tocado por estas mãos.

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