Otimistas Sociais




Todos os dias precisamos desenvolver a arte de jogar frescobol. Frescobol relacional. Cuidar ao lançar a bola para o outro. Ajeitar uma situação e entregá-la mais redonda. Não querer diminuir ou derrotar o outro. Dar prosseguimento ao diálogo, à construção coletiva de espaços solidários.
Todos os dias somos ensinados ao contrário. A ser fortes e dominadores. A vencer o outro. Derrotá-lo com nossas atitudes e comportamentos. A desconfiar do outro. A incriminar o outro. Ambos são jogos. Ambos geram resultados. Um na cooperação, outro na competição. Mas qual deles gerará uma felicidade genuína? Duradoura, daquelas que sobrevive até às crises e "mudanças de hábito"? Afinal, seres humanos, ou teres humanos? De que lado queremos ficar? Essa sociedade vai explodir de tanto individualismo e competição. De tanto esnobismo e narcisismo. Tempos de paz virão, mas só após a destruição total de um modelo de sociedade perverso e excludente. Precisa-se de revolucionários de um novo tempo. Nem que seja revolucionários digitais. Precisamos articular as tribos do bem, da justiça, da ética para o mutirão da construção dos alicerces de um mundo novo que está apenas amanhecendo. Precisa-se urgente de otimistas sociais, gente que cultive o valor da amizade, do perdão, da esperança.

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