A paz foi embora!

Carentes de paz!
Um motorista de 18 anos atingiu a traseira de uma moto, no momento em que saía de um bar, numa cidade do entorno de Brasília. Ele não parou para ajudar. O fato irritou outros motociclistas que viram a cena e passaram a lhes perseguir. Durante a perseguição, o condutor do veículo capotou e morreu no local. Outros três ocupantes ficaram feridos. Um pessoal que estava próximo ao local foi ajudar a socorrer as vítimas. Contudo, foi impedido pelo grupo de motociclistas. Começa uma discussão, um dos motociclistas esfaqueia e mata um dos que tentava ajudar. Todos fogem. O primeiro motoqueiro, aquele que originou a perseguição, passa bem. Outros, nem tanto. Saldo da barbárie: dois mortos. A notícia ocupou uma pequena coluna do jornal de maior circulação do DF, deste final de semana. E ponto. Página virada. Ninguém mais fala. Não há nomes, protestos, histórias de vida, mães chorando, investigação decente e maiores repercussões. Troca-se a pauta. Vira-se a página. É a banalização da violência, a coisificação do Homem. Tudo fica natural, até o não se envolver, protestar ou revoltar-se. Onde andará o grupo de motociclistas que matou estes dois jovens? Talvez, na esquina de nossa casa. Pronto a continuar a agir com violência, afinal, estamos no país da impunidade de todos os tipos.

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