Pensatas Poéticas

Sinta o toque do sereno, anunciando a manhã vindoura.
Saia do sereno. Só o sinta.
Mas saia.
Sereno adoece.
Volte-se para o interior protegido.
Ali, acenda o fogo da sua cozinha interior.
Revire-se na frigideira de seu ser, refogando-se em mil sabores.
Revire-se na frigideira do ser.
Neste revirar-se, dispa-se de tudo que te atormenta.
Frite gorduras existenciais.
Abra-se ao novo, uma pitada aqui, outra acolá...
Tudo na simplicidade e com cuidado.
Crescer dói e se errar na mão, ou adoça demais, ou salga.
Cuidado, as relações e encontros pedem calma, tempo.
Pedem candura, ternura, desculpas. Pedem jeito, não força.
Vaidades, etiquetas, ditos, não ditos, mal ditos tudo se esvai em fumaça, no calor da frigideira vital. O que fica na mistura do ser são os sabores para quem nos saboreia. Queira ser sabor para todos.

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