Gostaria de saber dos amigos,
das canções que cantam,
das cenas que vibram...
Mas, estou só, no meio da multidão.
Sou verme que se contorce,
entre o ser e o não ser.
Entre uma face no espelho que
se espanta,
e uma que se anima.
Entre uma fé descaradamente boba
no ser humano, e uma apatia
para com tudo que diz respeito
a intrigas, fofocas, maldades.
Vomito em meu ser as entranhas
do que viria a ser, mil anos depois.
Revolta-me velhas pelancas,
de tudo que abomino e carrego:
culpas, covardias, mentiras, fantasias.
Amores vadios, amores vazios, amores macios....
Em mim habita contradições,
esperanças torpes.
Sentimentos de andarilhos,
de voz ao vento,
de vento ao ser.
Em mim habita a paz e o vulcão.
A esperança e a desilusão.
A fé e a descrença.
Sou tudo em todos.
Sou nada...
Sensitivo, leio mentes,
espelho corações,
anestesio existências...
Saco essências e o futuro.
E, ele me assusta.
Com minhas mãos refaço destinos, sentimentos, gestos, pensamentos.
E, assim, uno-me aos duendes, fadas, gnomos, sopros de fé. De todos os tipos.
E, avanço na construção de coletivos:
de amor, perdão, paz e de renasceres.
Este sou eu: reviravoltas, turbilhões,
calmarias e arrozais em flor.
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