Um sofá velho.

No lugar em que menos se espera, 
tem um sofá velho para te dar 
conforto e alento. 
São as pessoas que te amam, 
para as quais você fez e faz
a diferença.
Alguns sofás são desprezados pela
vida, pequenos aos olhos do mundo,
feios, sem formosura e graça.
Humildes. 
Mas, me ouça, esses são os mais belos. 
Os que, curtidos pelas dores,
aprenderam o valor da solidariedade,
do dias bons, e da esperança nos 
tempos difíceis. Sofás velhos, puídos, 
sem luxo. Feitos de sonhos bons
que acordam e teimam em desafiar os pesadelos da realidade. 
Que mesmo cansados e com o seu
tecido do ser dilacerado, 
em algumas partes, 
ainda assim,
continuam dispostos a servir. 
A dar o de melhor que podem para
ajudar aos outros.
Podemos ser como esse sofá velho,
prontos a acolher quem de nós precisar,
quem no relento do tempo aberto, 
exposto aos riscos do viver, 
em nós procurar abrigo, repouso e apoio.

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