Um visita surpresa dos filhos e nora.
Uma surpresa de gostosura num self-service pé sujo - Paella e deliciosa.
Um sentir-se criança, ao colar figurinhas no álbum da copa.
Uma alegria compartilhada, com a reação de nossa empregada,
ao ver o resultado final de sua sessão de salão de beleza, que nos custou nada, nada, nada.
Um entardecer sereno.
Um acordar animado para mais uma semana de trabalho.
Uma ansiedade mística e fecunda por mais uma noite de oração.
Um buquê de violetas corporativas.
Esperançosas, resistentes e gratas: tal posturas diante da vida, de sobreviventes.
Sim, sobrevivi. E, já tive do outro lado do balcão o suficiente para saber o valor de um ocaso e sua paz,
num domingo qualquer.
E de um trabalho com sentido.
E da família. E de amigos.
E de filhos.
E de um cônjuge.
E das contas a pagar dentro do orçamento, remediadas, mas dentro.
E de um erguer-se como pessoa, sem querer novamente ir para o quarto,
e, escondido chorar no travesseiro.
Chorei as mil lágrimas, e elas possibilitaram que as sementes germinassem e criassem um pomar e jardim dentro de mim.
Pronto a ser alimento pra quem dele precisar.
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