Benditas hastes que nos ajudam a sobreviver!


Quem não tem estaca se vira com uma haste de cebolinha.

Belo exemplo deste pé de pepino.

Pode até não resolver a sua situação - como os pepinos que enfrentamos, mas a frágil haste de cebolinha na qual ele se agarra, dará tempo a um jardineiro atento fincar uma estaca em sua base.
Assim é em nosso viver. Muitas vezes nos agarramos a "hastes de cebolinha" para crescer.
Podem até não nos sustentar permanentemente, mas naquele momento foram imprescindíveis para nos ajudar a aguentar o tranco, dando-nos tempo para outras soluções.
Amigos são assim, hastes de cebolinha.
Nos ajudam a reerguer e restaurar nossas forças, neste "arriscoso" processo de crescer.
Tive tantas "hastes de cebolinha", nas quais pude prender-me momentaneamente, e encontrar conforto e segurança.

Benditas hastes.

Só temos que lembrar que elas não nos sustentarão para sempre, e se assim o fizerem vão morrerem, elas e a nós mesmos, pelos efeitos colaterais da co-dependência afetiva doentia.
A nossa carga do caminhar, o nosso próprio peso de existir, tem nas hastes refrigérios momentâneos, mas esta saga é nossa.
Encontrar quais as estacas que dão sentido e propósito ao nosso ser, é um dos segredos do sentido da vida.
Não desprezar as hastes de cebolinha, após este encontro, é o desafio.

Nunca sabemos quando poderemos nos sentir tão frágeis que nossas estacas não suportarão sozinhas o nosso peso existencial, por mais forte que sejam. Nestas ocasiões, precisaremos recorrer as hastes para nos ajudarem a nos equilibrar novamente. Quem já viveu momento de intenso luto sabe do que estou falando.

Portanto, sejamos gratos a reconheçamos as hastes que habitam nosso viver.

Pode ser um amigo, a casa dos pais, a família, uma sombra de uma árvore, um animal de estimação, um livro, um filme, uma música, um telefonema, uma comida gostosa, uma viagem, uma prece, um abraço, um travesseiro para repousar nossas dores, ou um lenço para enxugar as mil lágrimas... não importa.

Existem muitas formas das hastes agirem sobre nossos pepinos e nos ajudarem a suportar os trancos do viver.
Então, quando estiver sobrevivendo pelas hastes que te apoiam, valorize-as e saiba que sem elas tudo seria ainda mais difícil.

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