Preço de um Misto Quente no hotel R$ 20,00.
Preço de um pão com recheado com uns 200
gramas de mortadela, + um X-tudo duplo +
2 copos de suco de frutas vermelhas.
Mais o bom atendimento dos bares de esquina
do Centro de SP = R$ 19,40.
Eis que ao escrever estas linhas batem na porta do quarto.
Pergunto quem é. Um tanto assustado. Caipira tem medo de cidade grande.
Ouço uma voz: "cortesia".
Era um garçom trazendo uma bonita fatia de doce e água,
como cortesia do hotel.
Então, como por mágica, abri o coração e pensei:
nada é tão ruim que não possa melhorar.
Já me hospedei em tantos lugares e nunca tinha visto nada igual. Embora o preço do Misto seja escandaloso,
para duas fatias de pão, uma de queijo e outra de presunto,
ainda assim, recuperei a sensação de ser bem atendido.
Nós só queremos uma chance para desfazermos
as más impressões.
Dormirei com a saudável experiência de ter sido identificado como pessoa e mimado.
Você pode até dizer: é tudo marketing, comercial.
Eu, digo-lhe: que seja!
Melhor assim do que entrarmos e sairmos de estabelecimentos comerciais sem sermos notados.
Mudando o rumo da prosa, agora passo a limpo
Mudando o rumo da prosa, agora passo a limpo
temas do retiro profissional que produzi e conduzirei
amanhã, o primeiro em meus 20 anos como facilitador de grupo. Um sonho há tanto tempo acalentado.
A base conceitual que norteará as reflexões é de
ordem filosófica, com ênfase na psicologia positiva, narrações de trajetórias de vida e logoterapia. Pensei cada detalhe, cada intervenção, cada vivência como quem abraça um irmão querido. Estou ansioso ao extremo, frio na barriga, sensação de medo, de não conseguir fluir o roteiro proposto. Essa sensação antes de aberturas de turmas, cursos, eventos acompanha-me. Um terror pedagógico. Então, percebem como o gesto do garçom me tirou de um mundo de lamúrias com o Misto e tocou-me ao coração?
Como é bom, nos momentos de angústia e aperto no coração, que alguém bata à porta de nosso coração, e diga-nos com gestos simples o quanto para ele somos queridos.
Como é bom, nos momentos de angústia e aperto no coração, que alguém bata à porta de nosso coração, e diga-nos com gestos simples o quanto para ele somos queridos.
Nem que seja trazendo um pedaço de doce e água, numa bandeja.
E o que mais gostei, da surpresa, não usaram o interfone, bateram á minha porta. Amei.
Surpreenda hoje alguém também, faça-lhe um mimo.
De surpresas boas e surpresas boas, a humanidade mudará.
Eu acredito, e nós podemos!
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