Aparando Arestas do Ser

Acordo feliz com os temas que vivi em SP. Profundamente agradecido pela oportunidade que a GECAP 7 e GENEG 2 me proporcionaram. E, ainda em transe, com tanta coisa boa que no coletivo de sentimentos fomos vivendo, ao longo do dia de ontem. Um dia dedicado a reflexões sobre amor, esperança, otimismo e gratidão. Reflexões fora de moda em cursos corporativos. Umas 110 pessoas cantando, abraçando, compartilhando emoções, produzindo significados, sendo gente, humanas.

O amor é decisão. Decisão de ser diferente, agir diferente, pensar diferente. É maior do que o ódio, a mágoa, a inveja, a mentira.

A esperança é verbo. Um vir-a-ser. Um verbo que traduz o presente, em ações intencionais para o futuro desejado.

O otimismo é o colírio que limpa as pupilas da alma, do opaco cotidiano da indiferença. Ele modula nossas ações, e abre caminho para outras possibilidades de superação, coisa que pessimistas desaprenderam a enxergar, pelas cataratas na alma que possuem.

A gratidão é um abraço que damos na vida, reconhecendo tudo e todos que nas pequenas coisas a tornam especial. A gratidão é a doação de nós mesmos aos outros e ao que nos rodeia, tocando-lhes de forma especial e dizendo-lhes obrigado.  Obrigado por esta manhã que desperta ao sons de bem-te-vis.

Durante oito horas, 110 líderes de processos e sistemas da Tecnologia da Informação: engenheiros de software, arquitetos de soluções, designs de infraestrutura em TI,  viveram um único propósito: trabalhar e malhar a musculatura do coração, reduzindo as celulites da alma.

Choro, silêncios, contato com um eu esquecido e empoeirado, alegria, e até preces...

Evocamos o passado, para caminhar ao futuro.

Lembramos a todo momento que o essencial é quem faz da vida valer a pena ser vivida. Ou seja, as pedras grandes em primeiro lugar.  Um dia intenso, com fartas cenas de entrega, doação, perdão a si mesmo e ao outro.

Acordo ainda emocionado, já em Brasília, e leio a mensagem do Papa, no Angelus 16/02/2014.  Uma mensagem que não conhecia, mas que esteve contida em várias intervenções da plenária, quando falavam do impacto das calúnias e fofocas na vida das pessoas e grupos. É de suma importância crescer como pessoa, deixar de lado tudo que atrapalha o  singrar pelos mares do Ser.
Tudo que vai se fixando no nosso barco do eu, como os mariscos em transatlânticos.  Ter a coragem de se despir das tranqueiras que foram sendo acumuladas em nossa casco e que dificultam a jornada.

Aparar as arestas da fofoca, da inveja, da mágoa, do ressentimento.

Vejam abaixo que linda mensagem do Papa Francisco
"Jesus era prático, falava sempre com exemplos para se fazer compreender, pondo em confronto a Lei antiga e o que Ele nos diz. Começa pelo quinto mandamento do decálogo: «Ouvistes que foi dito aos antigos: "Não matarás"... Eu, porém, vos digo que qualquer um que, sem motivo, se encolerizar contra o seu irmão, será réu de juízo» (vv. 21-22). Com isto, Jesus recorda-nos que também as palavras podem matar! Quando se diz que uma pessoa tem língua de serpente, o que significa? Que as suas palavras matam! Portanto, não só não se deve atentar contra a vida do próximo, mas nem sequer fazer cair sobre ele o veneno da ira e da calúnia. Nem sequer falar mal dele. Chegamos às indiscrições: também os mexericos podem matar, porque matam a reputação das pessoas! É tão feio falar mal! No início pode parecer uma coisa agradável, até divertida, como comer um rebuçado. Mas no final, enche-nos o coração de amargura, e envenena também a nós. Digo-vos a verdade, estou certo de que se cada um de nós fizesse o propósito de evitar os mexericos, tornar-se-ia santo! É um bom caminho! Queremos tornar-nos santos? Sim ou não? Queremos viver apegados aos mexericos como costume? Sim ou não? Então estamos de acordo: nada de indiscrições! A quem o segue, Jesus propõe a perfeição do amor: um amor cuja única medida é não ter medida, ir além de qualquer cálculo. O amor ao próximo é uma atitude tão fundamental que Jesus chega a afirmar que a nossa relação com Deus não pode ser sincera se não quisermos fazer as pazes com o próximo. E diz assim: «Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com o teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta» (vv. 23-24). Por isso somos chamados a reconciliar-nos com os nossos irmãos antes de manifestar a nossa devoção ao Senhor na oração."

3 comentários:

  1. Ricardim, muito obrigada pelo dia especial que nos proporcionou!!! Intensas emoções e reflexões que nos deixaram lindas e inesquecíveis marcas!!! Um reencontro com nossa essência voltando nossa visão para o essencial. Obrigada pela linda pessoa que você é.....e de grande valor!!! Deus te abençoe sempre!!! Sucesso!! Cynthia Scovini.

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  2. Ricardim, posso dizer que aquela sexta foi especial demais pra mim!
    Ainda venho lendo anotações e resgatando emoções que vivi naqueles momentos especiais. Agradeço a ti e a Deus pelos momentos maravilhosos e experiências únicas que tive por lá. Abraço. Francine M. Sodini, ECOA.

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