Medos

Chove lágrimas em meu ser;
homem das dores que sou,
deixo entreabertas decisões.
com medo de enfrentá-las.
Carrego penas, culpas e sandices.
Tento harmonizar disparidades e conciliar necessidades
- estrepo-me e sofro.
Os dias pedem eu.
E meus medos de nunca pensar nele pedem tu.
Aonde me perdi de meus propósitos mais corajosos?
Em que parte de meu viver virei personagem de enredos por outros tramados?
Por que tudo complico,
dramatizo e abate-me?
Qual criança ferida,
vivo em função dos outros.
Migalhas de afeto.
Súplicas de atenção.
Pedaços de pessoas vou espalhando por aí.
Homem das dores é chegada a tua hora de levantar
e viver pelos teus próprios sonhos. Sofra e caminhe...outros te seguirão.
Otimistas são peregrinos de si mesmos. Não ficam à margem da vida,
nem nas arquibancadas do jogo do viver.
Vão à luta e fazem acontecer novos tempos e possibilidades.

" Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o vôo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isso o que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o vôo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram. " Rubem Alves

2 comentários:

  1. Amo muito ler suas crônicas...Muito bem colocadas,para tais reflexões.

    ResponderExcluir
  2. Amo muito ler suas crônicas...Muito bem colocadas,para tais reflexões.

    ResponderExcluir

Seu comentário é uma honra.

Crônicas Anteriores